Resumo do texto
O Pix, além de ser um dos meios de pagamento mais populares do Brasil, também se tornou um importante alvo de criminosos. Isso porque, com sua praticidade e agilidade, conquistou milhões de brasileiros, mas – pelas mesmas características – também chamou a atenção de quem quer enganar usuários desatentos. É sobre isso que vamos falar aqui: as variações do Golpe do Pix.
Golpistas têm usado estratégias cada vez mais elaboradas para aplicar golpes do Pix, explorando a confiança ou a pressa das vítimas. Algumas fraudes são tão convincentes que até os mais cuidadosos podem se surpreender ao perceber que foram enganados.
Quer saber como é o Golpe do Pix, na prática, e o que fazer para evitar ser uma vítima? O PagBank trouxe 7 dicas para você se proteger e os detalhes dos diferentes tipos de artimanhas usadas pelos criminosos. Afinal, a informação ainda é a melhor forma de se prevenir nesses casos.
O que é o Golpe do Pix?
O golpe do Pix consiste no uso de práticas fraudulentas que aproveitam o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central para enganar as vítimas. Aproveitando a facilidade das transações e a popularidade do Pix como meio de pagamento, os criminosos buscam roubar dinheiro e informações pessoais.
Em geral, os golpistas criam situações de urgência ou confusão para induzir a vítima ao erro, utilizando técnicas como mensagens falsas, ligações ou mesmo transferências simuladas. As fraudes podem variar de falsificação de comprovantes a abordagens mais elaboradas envolvendo engenharia social.
Se você não sabe o que é engenharia social, continue conosco, vamos explicar melhor essas técnicas utilizadas nesses golpes.
Recentemente, o Mecanismo Especial de Devolução (MED), que devolve valores em casos de fraude, vem se destacando nos novos tipos de golpes do Pix, aproveitando a má interpretação das funcionalidades desse recurso. Falaremos sobre ele adiante.
Veja exemplos de como funciona o golpe do Pix
Um dos casos comuns é o golpe da conta bloqueada, onde o golpista se passa por um funcionário do banco em que a vítima possui conta. Ele afirma que a conta está bloqueada devido a uma pendência financeira, como o não pagamento de uma taxa.
Para resolver o problema, o criminoso pode encaminhar um boleto ou QR Code falso e para acelerar o processo, sugere o pagamento via Pix. A vítima realiza o Pix e assim que o dinheiro é enviado, a pessoa desaparece, deixando o prejuízo.
Outro exemplo que vem fazendo vítimas é o golpe do Pix errado. Nele, o criminoso faz uma transferência para a conta da vítima e, logo depois, entra em contato dizendo que o envio foi feito por engano e pede que a vítima devolva o valor para uma conta diferente da original.
Então, o criminoso utiliza o MED, alega fraude e solicita a devolução do valor junto ao banco. Assim, o golpista recebe duas vezes: o dinheiro devolvido pela vítima e o reembolso gerado pelo banco.
Tipos de golpe do Pix
Existem diferentes tipos de golpes envolvendo o Pix. Acima, abordamos dois exemplos comuns, mas eles estão longe de ser os únicos. Confira mais detalhes sobre cada um deles a seguir.
Falsa Central de Atendimento
Nesse golpe, o criminoso se passa por um funcionário do banco e entra em contato com a vítima, informando que há problemas na conta ou que é necessário realizar uma transação de teste. Durante a ligação, a vítima é orientada a realizar um Pix para corrigir o problema. Seu desenrolar é bem parecido com o exemplo dado acima, no golpe de conta bloqueada.
Para se proteger, desconfie de contatos inesperados e nunca siga instruções para realizar transações fornecidas por terceiros ou compartilhe informações confidenciais. Sempre confirme a veracidade do contato por meio dos canais oficiais da instituição.
Clonagem de WhatsApp
Na clonagem de WhatsApp, os golpistas utilizam técnicas de engenharia social para obter o código de verificação do aplicativo da vítima. Com o acesso ao número, eles se passam pelo usuário verdadeiro e pedem transferências via Pix para contatos da agenda, alegando urgência.
Para evitar esse golpe, ative a verificação em duas etapas no WhatsApp e nunca compartilhe códigos de acesso com ninguém, mesmo que pareçam ser enviados pelo próprio aplicativo.
Venda Falsa
O golpe da venda falsa ocorre quando o criminoso anuncia produtos ou serviços inexistentes em plataformas digitais. Após receber o pagamento via Pix, ele desaparece sem entregar o item.
Para não cair nesse golpe do Pix, antes de realizar qualquer pagamento, pesquise a reputação do vendedor e prefira plataformas de pagamento seguras que oferecem proteção ao comprador.
Pix agendado
No golpe do Pix agendado, o criminoso agenda uma transferência e envia um comprovante para a vítima, pedindo a devolução do valor. Porém, a transação não foi concluída e a vítima acaba transferindo dinheiro para o golpista.
Como se proteger nesse caso? Confirme o crédito na conta, sempre verifique se o valor foi realmente depositado antes de realizar qualquer devolução. Desconfie de solicitações urgentes e mensagens que pressionem para devolver valores rapidamente.
Utilize apenas as funcionalidades do app da sua instituição financeira para realizar devoluções, garantindo maior segurança. Além disso, se tiver dúvidas, entre em contato diretamente com o suporte oficial do seu banco para verificar a situação.
Boleto e QR Code falso
Os golpistas criam boletos e QR Codes falsos para simular o pagamento de produtos ou serviços. Por exemplo, entram em contato alegando que a conta de luz está atrasada e mandam uma 2ª via falsa. A vítima, ao escanear o código, transfere dinheiro diretamente para a conta do criminoso.
Para não ser vítima desse tipo de golpe, evite utilizar QR Codes de fontes desconhecidas e sempre confira os dados do destinatário antes de confirmar qualquer transação.
Golpe usando o MED (Mecanismo Especial de Devolução)
Como adiantamos, o MED é um recurso criado pelo Banco Central para facilitar a devolução de valores em casos de fraudes. Ele permite que bancos bloqueiem recursos na conta do recebedor enquanto investigam possíveis irregularidades.
Criminosos aproveitam esse mecanismo para aplicar o golpe do Pix errado. Após convencer a vítima a devolver o dinheiro para uma conta diferente, eles acionam o MED, alegando que foram enganados. Isso permite que o golpista receba o valor devolvido duas vezes, gerando prejuízo à vítima.
7 dicas para não cair no golpe do Pix
Evitar o golpe do Pix exige atenção e o uso de algumas práticas simples de segurança. Confira abaixo as principais dicas para proteger seu dinheiro e reduzir os riscos de prejuízos.
1. Ajuste o limite do seu Pix
Reduzir o limite diário do Pix é uma maneira eficiente de minimizar perdas em casos de roubo ou perda do celular. Essa medida impede transferências de grandes quantias, especialmente à noite, quando a movimentação pode passar despercebida.
Para aumentar a segurança, configure valores menores para transferências realizadas entre 20h e 6h ou entre 22h e 06h. Assim, mesmo que um criminoso tente acessar sua conta, ele terá dificuldades para realizar transações maiores.
2. Utilize autenticação em dois fatores
A autenticação em dois fatores adiciona uma camada extra de segurança às suas contas bancárias e aplicativos financeiros. Com essa funcionalidade, mesmo que alguém tenha sua senha, precisará de um segundo código para acessar suas informações.
Além disso, ative recursos como desbloqueio por impressão digital e utilize uma pasta segura para ocultar seus aplicativos financeiros. Esses passos tornam o acesso ainda mais difícil para golpistas.
3. Proteja suas senhas
Jamais compartilhe suas senhas, mesmo que o pedido pareça vir de fontes confiáveis, como seu banco. Instituições financeiras nunca solicitam senhas por telefone, e-mail ou mensagens.
Evite criar senhas com data de nascimento ou sequências simples. Além disso, nunca as deixe anotadas em locais de fácil acesso ou compartilhe com familiares. Mantenha esses dados em segurança para evitar que caiam em mãos erradas.
4. Nunca transfira dinheiro sem verificar
Desconfie de pedidos de transferência urgentes, mesmo que venham de conhecidos. Golpistas frequentemente simulam emergências para induzir as vítimas a agir sem pensar. Além disso, mesmo que estejam usando a foto de alguém que você conhece, é possível que essa pessoa tenha caído em um golpe ou tenha tido o WhatsApp clonado.
Sempre confirme autenticidade do pedido, entre em contato diretamente com a pessoa por telefone ou pessoalmente para verificar se a solicitação é real. Questione a urgência e, se algo parecer fora do comum, redobre a atenção. Assim você protege seu dinheiro e seus dados.
5. Compre somente em sites confiáveis
Golpes envolvendo compras online são cada vez mais frequentes, mas algumas precauções podem ajudar a evitá-los. Antes de realizar qualquer pagamento, certifique-se de que o site é confiável. Verifique se a URL começa com “HTTPS”, indicando um ambiente seguro para transações. O ícone de um cadeado próximo ao endereço também é um bom sinal.
Além disso, leia avaliações de outros clientes e consulte o histórico da loja em sites de reclamações. Antes de transferir dinheiro, confira se o nome do destinatário exibido no Pix corresponde ao da loja ou empresa anunciada.
6. Suspeite de links desconhecidos
Links enviados por desconhecidos podem conter vírus ou direcionar para páginas falsas, onde o golpe do Pix pode ser praticado. Antes de clicar, confirme a origem da mensagem e evite realizar ações sem verificar a autenticidade.
Sem falar que os golpistas utilizam esses links para obter acesso aos seus dados ou instalar malwares que comprometem sua segurança digital.
7. Desconfie de ofertas “milagrosas”
Promoções imperdíveis com preços muito baixos são um alerta. Criminosos utilizam essas estratégias para convencer vítimas a realizar pagamentos via Pix em sites falsos ou contas suspeitas. Para isso, usam o gatilho mental da urgência para convencer a fazer a transferência.
Antes de acreditar em vantagens fora do comum, pesquise e verifique a legitimidade da oferta. Desconfie de qualquer promessa que pareça boa demais para ser verdade. Prefira lojas bem avaliadas, mesmo que os preços sejam um pouco mais altos.
Já ouviu falar em Engenharia Social?
Como mencionamos anteriormente, a Engenharia Social é parte essencial das estratégias aplicadas pelos golpistas. Isso porque ela é uma técnica usada para manipular pessoas e obter informações confidenciais.
Ela explora emoções como confiança, medo ou urgência, induzindo as vítimas a compartilharem dados ou realizarem ações prejudiciais, como transferências financeiras. Esse método não utiliza força física, mas sim a persuasão, o que muitas vezes dificulta a identificação do golpe no momento em que ocorre.
No contexto dos golpes do Pix, a engenharia social é uma das ferramentas mais comuns. Golpistas criam situações falsas para enganar os usuários e obter acessos ou pagamentos.
Caí no golpe do Pix. E agora?
A prevenção é sempre o melhor caminho. Seja entendendo como os golpes do Pix funcionam ou tendo uma camada de proteção extra, como o Seguro Conta PagBank. Com ele, você tem cobertura em caso de saque, compras ou transferências TED e Pix em situações de coação ou sequestro. Saiba mais!
Porém, se você cair em um golpe do Pix e não tiver um seguro para cobrir, é preciso agir rápido. Entre em contato imediatamente com sua instituição financeira e solicite a abertura do Mecanismo Especial de Devolução (MED). No PagBank, existem diferentes canais de atendimento, para que você possa falar conosco 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Além disso, registre um boletim de ocorrência na delegacia ou pela internet e reclame no Banco Central para que a conta do golpista seja monitorada. Caso o seu problema não seja resolvido, você ainda pode acionar o Procon para pedir ajuda.
Agir rapidamente aumenta as chances de recuperação dos valores e ajuda a prevenir novos golpes.